Zé Carreiro e Carreirinho Zé Carreiro e Carreirinho - Peito Sadio

Foi as quatro horas da manhã, meu cachorro de guarda latiu,
levantei para ver o que era, e vesti meu casaco de frio,
então vi que chegou um mensageiro, amuntado num burro turdio,
apiou e me disse bom dia ! E o bolso da baldrana ele abriu..
Uma carta o rapaz me entregou e denovo amuntou e na estrada
sumiu...
Dei a carta pro meu irmão ler, ele leu e me olhando sorriu,
é convite pra nós ir na festa, vai haver um grande desafio.
O meu pai já correu no vizinho, foi chamar o vovô e o titio,
nóis cheguemo a pular de contente, lá em casa ninguém mais
dormiu...
Pra quebrar aqueles campeonato nem com sindicato ninguém
conseguiu...
Violeiro que mandou o convite, moram lá do outro lado do rio...
eles pensa que nóis não vai lá, mais nóis semo caboclo de brio,
a peteca aqui do nosso lado, por enquanto no chão não caiu...
quando nóis cheguemo no catira, os mais fraco na hora sumiu...
so cantemo moda de campeão e os tal que era bom nem se quer
reagiu...
Perguntei para o dono da festa, onde foi que o senhor
conseguiu,
esses tal violeiro famoso, que as moda de nóis engoliu
o festeiro ficou pesativo, e mordeu no cigarro e cuspiu,
vocês são dois caboclo batuta, quem falou pode crer não
mentiu..
Teve algum que canta esperimentou mais o peito faio e a voz nao
saiu
As viola nois faz de encomenda, nosso peito e tratado e sadio,
já cantemo três noite seguida e às moda nóis não repetiu
quem repete é relógio de igreja e o triste cantar do tiziu
e agora com essa vitória, inda mais nossa fama subiu
e vocêis não deve discutir, se viemos aqui , foi vocês quem
pediu...