O caboclo sertanejo
Não se acostuma na praça
Pois não troca o seu ranchinho
Lá na beira da quiçaça
Pruma casa na cidade
Nem que seja de vidraça, ai, ai
Quando amanhece chuvoso
Naquele dia que passa
Ele segue pro serviço
Mas seus plano ele já traça
Naquelas beira de rio
Nesta tarde se disfarça, ai, ai
O caboclo lá da roça
No sertão não se embaraça
Quando o rio não der mais peixe
Sempre encontra alguma caça
Passa a mão na cartucheira
E trela os cachorro de raça, ai, ai
E sobe de rio acima
Barranqueando de negaça
Quando avista as capivara
Já faz levantá fumaça
Pode garantir o tiro
Distância de muitas braças, ai, ai
Meu bote de rio abaixo
Com pouca força que faça
O socó por cima d'água
Baixinho voando passa
Cantando ele vai pro rancho
Com o barco cheio de caça, ai, ai